O caso remonta a Janeiro de 2000, quando a jovem, então com 17 anos, entrou nas urgências do Hospital Amadora-Sintra com hemorragias depois de ter tomado Misoprostol, um medicamento indicado para úlceras gástricas, mas que tem efeitos abortivos. Denunciada à PSP por um enfermeiro de serviço no hospital, a jovem acabaria por admitir às autoridades que tinha usado o medicamento para abortar, embora ignorasse que se encontrava já com 19 semanas de gravidez. Na terça-feira, junto ao tribunal, está prevista uma concentração de protesto contra o julgamento, na qual devem participar representantes da UMAR, do Partido Comunista, da Juventude Comunista e do Bloco de Esquerda. Pela lei portuguesa, o aborto é considerado crime punível com uma pena até três anos de prisão, apenas sendo admitido em três casos: perigo de vida ou para a saúde da mulher, malformação do feto ou violação.
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