Smith, de 53 anos, disse ao "Sunday Times" que Tony Blair não fora informado disso quando se tornou no primeiro ministro britânico confessadamente "gay", em 1997. O ex-governante decidiu tornar a sua doença pública depois de o antigo presidente da África do Sul, Nelson Mandela, ter anunciado que o seu filho morrera com sida. A doença de Chris Smith foi diagnosticada em 1987, mas não se sabe quando contraiu o vírus. O ex-ministro afirmou que inicialmente se preocupou com o impacte que a informação poderia ter nos seus pais. "Nas últimas semanas e meses, pensei que talvez isto fosse algo que precisasse de ser dito publicamente", por forma a "desmistificar" esta doença, salientou. Chris Smith referiu ainda que o HIV pode ser tratado. "Têm de se tomar muitos comprimidos, mas, se se fizer isso continuamente, não há razão para não se continuar a viver". A sua decisão já foi louvada pelos seus amigos e colegas. "Esperemos que isto ajude muita gente que ainda não foi diagnosticada e aqueles que têm medo de se submeter a exames", disse Lisa Power, responsável por uma associação de apoio aos doentes com HIV. Um activista dos direitos dos homossexuais apoiou também a decisão, mas diz ter ficado surpreendido por ela surgir tão tarde, tanto mais quando o facto de ele ter anunciado ser "gay" não lhe trouxe qualquer prejuízo político.
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