E mais: o motivo foi o ódio aos homossexuais. O assassinato ocorreu dia 15 de dezembro passado. Os assassinos foram presos ontem pela manhã, após investigações coordenadas pela titular da delegacia Maria Dail. Os dois confessaram e relataram com detalhes a trajectória do crime, planeado de forma a não haver falhas. Carlos Moreno tinha deixado a sua residência naquele domingo para se encontrar com amigos e o seu corpo foi encontrado no dia seguinte numa área abandonada do Centro Industrial de Aratu (CIA), parcialmente queimado e com várias perfurações à faca. Carlos administrava uma unidade de saúde na localidade de Santa Rita, e era formada em Economia pela UCSal. Tudo começou quando Carlos Moreno bebia com amigos no Pelourinho e, por volta das 17 horas, recebeu um telefonema de Jefferson Figueredo, na altura com 17 anos, convidando-o para ir a uma casa de shows. A vítima foi buscá-lo em Paripe, encontrando-o com Guisner, que confessou odiar homossexuais, surgindo daí a idéia de matar Carlos. O crime foi executado no interior do Corsa em que estava com a vítima. Primeiro, Guisner deslocou o pescoço do economista com um golpe conhecido por "mata-leão" e, em seguida, estrangulou-o com um cinto, jogando o corpo numa área do CIA. Na delegacia, Guisner declarou: "Eu nem conhecia a vitima. Jefferson convidou-me para matar um homem, dizendo que era gay. Apenas porque eu não gosto dessa gente aceitei ajudá-lo". Os dois jovens confessaram o crime, mas acusam um ao outro de planear a morte do economista.
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