O "chefe da diplomacia" do Vaticano, o arcebispo Giovanni Lajolo, qualificou de "miopia cultural" o facto de não terem sido mencionadas as raízes cristãs da Europa na Constituição Europeia. Esta e outras críticas à não inclusão das "raízes cristãs" foram publicados num artigo publicado pelo diário La Stampa intitulado "A nova Europa nasce sem alma". Apesar de o Vaticano não esconder a sua desilusão, João Paulo II, durante a audiência que concedeu quinta-feira ao presidente cessante da Comissão Europeia, Romano Prodi, formulou o voto de que a União Europeia "possa expressar sempre o melhor das grandes tradições dos seus Estados". O papa sublinhou que "ninguém pode negar a contribuição do cristianismo para a formação europeia". O Sumo Pontífice católico, de 84 anos, destacou que a Santa Sé sempre favoreceu a UE e sempre sentiu o dever de expressar abertamente "as justas esperanças de um grande número de cidadãos cristãos da Europa, que pediam a sua intercessão".
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