Como a boca é vítima de constantes ataques de bactérias e outras patogenias, as suas células desenvolveram uma linha de defesa formada por peptídios chamados de defensivos beta humanos 2 e 3 (hBD2 e hBD3) que previnem infecções. Essa combinação de aminoácidos também promove a rápida recuperação de queimaduras e dentadas na língua e mucosa bucal. O estudo, motivado pelo facto de haver tão baixos índices de contaminação do VIH por sexo oral sem proteção apesar de sua prática ser tão comum, sugere que os peptídios produzidos pelas células da boca se relacionam directamente com partículas virais e podem impedir a conexão do vírus com outras partículas que o vírus usa para infectar células de defesa. O estudo mostrou que o contacto com VIH resulta numa produção suplementar de hBD2 na cavidade bucal por cerca de 72 horas, período mais do que suficiente para eliminar qualquer elemento patogênico. Apesar do hBD1 ser encontrado em células da pele em outras partes do corpo humano, são os hBD2 e 3 , encontrados apenas na boca, que respondem diretamente ao HIV. O cientista Aaron Weinberg, director da faculdade de Odontologia da UCWR, afirma que o estudo abriu a possibilidade do desenvolvimento de medicamentos que induzam a produção de hBD2 e 3 em outras partes do corpo suscetíveis a infecções pelo VIH/SIDA.
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