Pela primeira vez as pessoas LGBTI da península da Crimeia são forçados a viver sobre as regras homofóbicas de Putin: A Crimeia proibiu a Marcha do Orgulho com base na lei anti-propaganda gay aprovada no ano passado. A parada estava agendada para a semana passada mas as autoridades de Sebastopol proibiram a sua realização.
Após o referendo que levou à anexação da Crimeia à Rússia com 97% de votos a favor, as pessoas LGBTI sentem já o peso repressivo dessa união. Maxim Kornilov, enviou um e-mail à NBC News onde se lê “antes da ocupação russa já era complicado ser-se gay na Ucrânia, por isso estou ainda no armário, sinto-me preso, agora é absolutamente insuportável”.
No passado dia 11 de Abril a Crimeia aprovou uma nova constituição onde se temeu ver estipulado que o casamento seria um ato apenas entre um homem e uma mulher. Embora o artigo não tenha sido apresentado na versão final a verdade é que também não consta qualquer proteção específica às pessoas LGBTI.
Antes da anexação, ainda no passado ano, um membro do parlamento ucraniano, Yuriy Syrotyuk, disse temer que o respeito pelas pessoas LGBTI pudesse levar à separação da Crimeia, este discurso foi no seguimento da sua avalização sobre a Parada do Orgulho Gay em Kiev em 2012 que classificou como um “ato de agressão”. Na opinião de Syrotyuk a aprovação de leis que protejam as pessoas LGBTI na Ucrânia levaria à separação das províncias ucranianas.