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Quinta-feira, 28 Agosto 2003 00:57

EUA
Dez Mandamentos Retirados de Tribunal do Alabama



PortugalGay.pt

Ontem de manhã nos EUA todos os canais televisivos noticiosos transmitiram em directo, durante duas ou três horas, imagens de um grupo de três operários a retirar uma lápide do átrio de um tribunal.


Imagens pouco excitantes, mas poderosamente simbólicas: a lápide contém os dez mandamentos e é o centro de uma batalha judiciária e filosófica que se arrasta na América há quase dois meses. A luta pela sua remoção apaixona activistas dos direitos civis e cristão fundamentalistas. O juíz-presidente do supremo tribunal do Alabama (Sul dos EUA), Roy Moore, decidiu que à porta do seu tribunal deviam estar os dez mandamentos. Um grupo de advogados no Alabama considerou que a lápide de 2.5 toneladas, exibida num espaço público, viola a Constituição americana. Vários tribunais federais concordaram. Foram propostas soluções de compromisso - retirar a lápide para um gabinete privado ou um espaço mais discreto do tribunal. Os compromissos não interessavam contudo a Moore, para quem o monumento se tornou num símbolo do debate da separação entre Estado e Igreja. Moore - que entretanto foi suspenso por desobedecer a instâncias superiores - recebeu o apoio de muitos cristãos conservadores. Alguns deles viajaram para Montgomery, capital do Alabama, para fazer vigílias à volta do monumento. "Vim aqui para mostrar que Deus não pode ser escondido", disse um dos manifestantes à CNN. Os defensores dos direitos civis dizem que o monumento viola a separação entre estado e igreja. Embora referências ao divino estejam imersas na vida americana (as notas de dólar têm a inscrição "in god we trust"; os textos da Declaração de Independência e da Constituição remetem para Deus), nenhuma religião pode ser apoiada directamente. Disparate, respondem os cristãos. A lei americana é fundada com base na tradição judaico-cristã; além disso, argumentam, a Constituição não diz que a religião deve estar ausente do estado, mas o contrário - que o estado deve ficar fora da religião.

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