Segundo o próprio, aquele foi o momento certo porque está a pensar estabelecer-se e trabalhar em Angola, e o facto de que Angola pertencia ao grupo de 80 países com leis anti-gays, que o podiam levar à prisão, era algo que lhe fazia confusão.
Durante a sua carreira, Paulo Pascoal já fez um pouco de tudo, desde ser a cara da British Airways e da PAYE (empresa norte-americana que apoia jovens empreendedores), foi a voz de vários desenhos animados da Nickelodeon, passou pelos Morangos, e cedeu a sua imagem de forma voluntária para o Checkpoint LX. Estudou na prestigiada The Juliard School em Nova Iorque, participou na primeira produção luso-angolana chamada Voo Directo, e também na série “Depois do Adeus”.
Pascoal revelou que aos 23 anos teve muitas namoradas, e que só mais tarde é que descobriu que era homossexual, em parte devido à educação religiosas. Conta que em criança, chegou a levar pancada por brincar com bonecas. Chegou a estudar num seminário, mas saiu e percebeu então que os padres são seres humanos como qualquer outra pessoa, e que por isso cometem falhas, e que divino é Deus. Apesar disso mantém a sua fé em algo superior à humanidade, mas com uma visão mais espiritual e pessoal. Diz que a sua fé é uma compilação do que leu e aprendeu, com o que fez, com o que já viajou, com religiões como o budismo, o islamismo e outras. Considera-se uma pessoa mais esotérica, sendo que a informação não faz mal, e tenta sempre perceber o mundo. Têm um namorado com quem mantém uma relação há algum tempo, sendo que tanto a família como os amigos mais próximos conhecem a pessoa em questão, mas prefere que a identidade do companheiro permaneça privada, por não querer que isso se torne o foco da sua vida.
Um dos sonhos de Paulo Pascoal é formar família, e em particular ter uma filha para a qual até já escolheu o nome de Glória Maria, no entanto pensa que este ainda não é o momento certo para dar esse passo.
O artista reconhece que a altura em que descobriu que tinha cancro foi das mais complicadas da sua vida, mas foi também o que o obrigou a parar e a reconhecer a verdade. Em entrevista à Revista Lux, diz “Eu neguei a doença, pensei que era o fim do mundo, andei com muitas mulheres, joguei futebol, fiz de tudo o que não fazia na vida, pensei em fazer o serviço militar, mas o cancro de certa forma foi uma bênção para mim porque parei para reflectir e perceber com que coisas eu me estava a enganar. Foi quando me aceitei e fui ao encontro da verdade.” Atualmente dedica-se a trabalhas com a “Peace Foundation”, promovendo a arte, mas deseja terminar o CD que tem em mãos. Para além disso é também sócio da Up to Start, uma empresa que "desenvolve todos os passos para a criação de um negócio de sucesso".
Em 2008 foi fotogrado por Thomas Synnamon com Max Rhyser para a Beautiful Mag sendo Max descrito como o seu namorado. Confira as fotos em www.beautifulmag.com/beautiful/2008/03/thomas-synnamon.html .