O clube de Potemkin, na cidade de Dnipro, foi alvo de uma rusga pelas autoridades na madrugada de 20 de abril. Na altura estavam cerca de 30 clientes na discoteca.
O relatório do incidente refere que os policias confiscaram computadores portáteis, telefones sem fios e caixas de preservativos que foram encontrados no local. O documento descreveu as salas escuras "ofensivas" do clube e clarifica que "as atividades do clube foram ativamente promovidas nas redes sociais".
Segundo a polícia, o local foi alvo da rusga com o objetivo de "combater o tráfico de seres humanos" e o clube gay recebia dinheiro por "relações sexuais desordenadas". A rusga foi realizada depois de queixas de vizinhos à polícia considerando o local como "abusivo".
A própria polícia divulgou um vídeo da rusga:
Nas imagens são visíveis várias pessoas deitadas no chão, caixas com algum dinheiro, um portátil no que parece ser um bar, vários telemóveis, assim como imagens de duas pessoas.
Vários clientes queixaram-se de força excessiva por parte das autoridades referindo "ações ilegais da polícia".
Nash Mir, um grupo local LGBT+, condenou veementemente o ataque, descrevendo-o como "obviamente homofóbico e ilegal".
Um porta-voz do grupo disse:
A Polícia Nacional da Ucrânia considera os contatos sexuais entre homens adultos como atos imorais. Uma atividade regular de um clube noturno (danças e shows) é classificado como uma ofensa criminal e a distribuição de preservativos como promotora de devassidão.
O grupo Nash Mir acrescentou que as leis contra 'distribuição de pornografia' e 'administrar bordéis' (Artigos 301 e 302 do Código Penal, respectivamente) são "anacronismos no mundo democrático moderno" e um instrumento de "repressão seletiva" contra ações voluntárias de indivíduos adultos.