O Secretário de Estado da Energia, Rick Perry, acusou a Texas A&M University de manipular as suas eleições para que um estudante gay possa ser o presidente da associação de estudantes.
Bobby Brooks fez história como o primeiro presidente abertamente gay do corpo estudantil da universidade e Perry, ex-governador do Texas, considera duvidoso como tudo isso aconteceu.
Brooks foi o segundo mais votado, mas foi declarado o vencedor quando a administração da escola e a Associação Governamental de Estudantes desqualificou o vencedor original.
Robert McIntosh foi desqualificado por não fornecer recibos para "glow sticks", usados num vídeo da campanha. A presidência de Brooks está a ser tratada como uma vitória pela "diversidade", escreve Perry no Houston Chronicle.
"É difícil ultrapassar a percepção de que esta cruzada pela 'diversidade' é a verdadeira razão pela qual o resultado da eleição foi alterado. O princípio da 'diversidade' ultrapassa e substitui todos os outros valores?"
E continua explicando que McIntosh teria sido discriminado essencialmente porque é um homem branco.
"Cada um deve questionar-se: como agiriam e se sentiriam se a vítima fosse diferente? E se McIntosh tivesse sido um estudante minoritário em vez de um homem branco? E se Brooks tivesse sido o candidato desqualificado? Será que a administração e o corpo estudantil permitiram que o primeiro presidente do corpo estudantil gay fosse desqualificado por usar glow sticks gratuitos? O corpo estudantil permitiria que um presidente negro fosse desqualificado por acusações anónimas de intimidação de eleitores?"
McIntosh escreveu no jornal estudantil que foi "humilhado" pelos apoiantes de Perry. Ele é filho de um proeminente fundador republicano em Dallas, que fez campanha para Donald Trump.
Amy Smith, porta-voz da Texas A & M, disse em resposta às afirmações de Perry: "A desqualificação do candidato mais votado resultou na certificação de Bobby Brooks como o próximo Presidente do Corpo Estudantil a partir de 21 de abril de 2017. Sugerir que a mesma decisão de desqualificação não teria sido feita se os papéis fossem trocaqdos é negar que na Texas A & M de hoje as responsabilidades se aplicam a todos."
A presidente da GLAAD, Sarah Kate Ellis, foi mais contundente na sua reação a Perry insurgindo-se contra a situação:
É preciso muita lata para o secretário Perry, de 67 anos, intimidar um jovem da faculdade por vencer uma eleições de forma justa Sarah Kate Ellis, GLADD
E conclui: "como uma mãe que trabalha diariamente para proteger as crianças, estou estupefacta como é que um pai como o Secretário Perry desce tão baixo. Alguns conselhos para o Secretário Perry: jovens como Bobby Brooks são o futuro, e devem ser encorajadas, não assediados."