Desde que a lei contra o sexo homossexual entrou em vigor em 1861, ainda sob as regras do regime colonialista inglês, menos de 50 pessoas já foram condenadas pelo ato na Índia, país conservador onde nem os casais heterossexuais podem beijarem-se em público. Os homossexuais no seu dia-a-dia enfrentam discriminação e perseguição policial, segundo entidades de direitos humanos do país. Raju, 25, e Mala, 22, que usam seus nomes de solteiras, casaram-se em dezembro. Outro problema enfrentado pelo casal, além do preconceito, é que Mala pertence a uma casta diferente. Um mês antes de Mala se casar com um homem, as duas mulheres fugiram de suas casas em Amritsar e realizaram a união em segredo em Nova Délhi. Quando elas assumiram sua relação, foram presas e levadas a Tribunal que permitiu que elas vivessem juntas porque não há nenhuma lei específica que proíba o casamento gay. Ninguém nos vai conseguir separar. Nem mesmo a morte, disse Raju à imprensa. Decidimos viver pelo resto de nossas vidas como marido e mulher. Outros dois casais de lésbicas casaram-se na Índia nos últimos meses. Agora ativistas gays querem revogar a lei que proíbe o sexo homossexual, argumentando que a Índia deveria basear-se no Ocidente e garantir os direitos de gays e lésbicas.
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