Por um lado os pró-casamento tentam o apoio de Obama, pelo outro, os do contra, sugerem que o Governo fique de fora do debate.
Theodore Olson e David Boies, dois advogados conhecidos pelo apoio à lei do casamento se tornar acessível a casais de pessoas do mesmo sexo, pediu à administração de Obama para formar opinião sobre a matéria e tornar a lei uma lei federal. Já Charles Cooper, também ele advogado, representante da fação contra esta alteração e apoiantes da conhecida Proposição 8, pede que o Governo de Obama fique de fora do debate.
A corrida é feita com o objectivo de convencer os nove juízes do Supremo a votarem favoravelmente a alteração da lei, coisa que os apoiantes e as associações LGBT acreditam ficar mais fácil se tiverem o apoio do Presidente do EUA.
Do outro lado esperam que os juízes aceitem que a proposição 8 é que está certa, e não lhes interessa o envolvimento mais aberto de Obama na matéria mesmo depois de um discurso de tomada de posse extremamente inclusivo para as questões gays e lésbicas.
O relógio não pára e os prazos são diferentes para que cada uma das fações no daquilo que chamam amicus curie (amigos do tribunal),
Cooper tem até amanhã para defender a sua causa, já Olson e Boies tem até 28 de Fevereiro.
O governo por norma não se envolve nestas decisões, mas os advogados de ambas as partes acreditam que Obama, ex-professor de direito constitucional formado por Harvard, irá usar o seu conhecimento e desempenhar um papel decisivo neste debate.
Houve já reuniões com ambos os lados e uma vintena de advogados do governo, que foram metódicos nas suas inquirições jurídicas às duas partes. Aguardam-se novidades para breve.