«Sabemos que é complicado, porque não somos jardineiros mas militares. Alguns superiores vão tornar-nos a vida mais difícil mas alguns já o fazem», declarou Alberto, um dos futuros esposos à agência de imprensa espanhola Europa Press.
Os futuros cônjuges enviaram uma carta ao governo espanhol para evitar serem transferidos para duas cidades diferentes. «Eles responderam-nos, que aos olhos da lei, não se passará nada, como se nós fossemos astronautas!», disse o militar.
Alberto afirmou lamentar as ameaças e os comentários «no limite da homofobia» de alguns dos seus colegas de trabalho. «Caso-me com quem quiser e ninguém tem nada com isso, vou trabalhar todos os dias e cumpro as minhas obrigações profissionais», disse.
Contrariamente aos casamentos militares habituais, os esposos não usarão uniforme durante a cerimónia à qual assistirão 40 militares.
O parlamento espanhol votou a 30 de Junho de 2005, há quase um ano, por iniciativa do governo socialista de José Luís Rodriguez Zapatero, a legalização do casamento homossexual, com a possibilidade de os casais adoptarem crianças.