Um total de 10667 pessoas afirma ter sido vítima desses padres, 81 por cento homens e 18 por cento mulheres. Quarenta por cento dos homens adianta ter sido sexualmente agredido quando tinham entre 11 e 14 anos. O presidente da Conferência dos Bispos Católicos norte-americanos, Wilton Gregory, durante uma conferência de imprensa em Washington, pediu «desculpas» em nome de todos os que violaram a confiança na Igreja e prometeu «fazer os possíveis» para que um drama deste não volte a repetir-se. Num comunicado divulgado, esta sexta-feira, esta organização refere que a Igreja Católica norte-americana transferiu, desde Janeiro de 2002, 700 padres e diáconos para lugares onde não contactam com crianças. O estudo em causa indica que 56 por cento dos padres são acusados de terem agredido uma pessoa e 3.5 por cento de o ter feito a 10 vítimas ou mais. Das 11 mil acusações, mil revelaram-se sem fundamento e 3300 não puderam ser verificadas, nomeadamente porque os acusados já tinham morrido. As agressões aconteceram sobretudo nos anos 70. Dirigida pela Conferência dos Bispos Católicos norte-americanos, a análise baseia-se nas respostas de 97 por cento das 195 dioceses norte-americanas e de 142 comunidades religiosas - cerca de 80 por cento dos padres em todo o país. O escândalo dos padres pedófilos nos Estados Unidos agitou a comunidade católica norte-americana no início 2002, nomeadamente em Boston (Massachusetts), onde milhões de dólares de indemnização foram pedidos em vários processos.
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