Mariela Castro, filha do atual presidente cubano Raul Castro e sobrinha do mítico líder da revolução Fidel Castro, votou contra a aprovação de um novo código de trabalho que protege as minorias sexuais mas que ignora as pessoas transgéneras e as pessoas com VIH.
Foi a primeira vez desde a revolução cubana em 1959 que um membro da Assembleia Nacional votou contra uma medida. A votação em questão foi em dezembro passado, no entanto só chegou aos media internacional depois de ter sido publicado num blogue de língua espanhola.
Ao CUBA blog, Mariela afirmou “Eu queria votar a favor, porque acho que é uma lei avançada e que reflete os elementos principais e o sentimento do nosso povo, especialmente depois de termos consultado o povo. Mas não podia votar a favor de aprovar uma lei que contradiz os princípios fundamentais da lei que estou a defender. Não poderia votar a favor sem a certeza que os direitos de trabalho das pessoas com uma identidade de género diferente seriam explicitamente reconhecidos.”
A deputada queria também garantir que os direitos de trabalho das pessoas com VIH seriam incluídos, mas isso acabou por não acontecer.
Os especialistas sobre política cubana dizem acreditar que esta é a primeira vez que houve um voto contraditório no Parlamento Cubano, mas não concordam sobre se seria um sinal que haveria lugar para opiniões contrárias dentro do Governo Cubano, ou se Mariela só o fez por causa da relação que têm com o pai.