Estes são os principais grupos vítimas de racismo nos dias de hoje, na União Europeia (UE), segundo os dados relativos a 2006, divulgados ontem pela Comissão contra o Racismo e Intolerância (ECRI), em Paris. A luta contra o terrorismo foi uma das principais causas apontadas pela comissão para explicar este clima. Os ciganos e os negros são, segundo o documento, os grupos em pior situação. O organismo lamenta as violações dos direitos humanos sofridas pelos ciganos, que são "vítimas de racismo em toda a Europa" e lamenta também que a discriminação dos negros exista ainda "em vários países europeus". A ECRI mostrou-se inquieta com a "intensificação do clima de hostilidade" a muçulmanos e o anti-semitismo "cada vez mais frequente em numerosos países da Europa". "A situação das formas contemporâneas de racismo e de discriminação racial é complexa e inquietante", diz o documento. A comissão refere a importância de uma estratégia "global, colectiva e solidária" entre os países da UE. "É preocupante o clima negativo na opinião pública" em relação às minorias, "alimentado por sectores dos média e também pela utilização de argumentos racistas e xenófobos no discurso político", acrescenta o texto. O relatório chama ainda a atenção para o problema fundamental da luta contra o terrorismo, que leva à adopção de legislação directa ou indirectamente discriminatória.
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