João Paulo II, de 84 anos de idade, dedicou aos "media" e à família a sua mensagem dominical de ontem na Praça de São Pedro, em Roma, por ocasião das comemorações pela Igreja Católica do Dia Mundial da Comunicação Social. "Graças às novas tecnologias, muitas famílias podem aceder directamente a vastos recursos de comunicação e informação e disso tirar partido em termos da sua educação, enriquecimento cultural e desenvolvimento espiritual", disse o papa, alertando que "os meios de comunicação podem no entanto causar grave prejuízo à família quando oferecem uma visão inadequada ou mesmo distorcida da vida, da própria família, da religião e da moralidade". "É uma tarefa que envolve as instituições públicas", designadamente as autoridades de regulação, que não se devem demitir do seu dever de garantir que os "media" "possam oferecer a verdade e fazer o bem comum". João Paulo II aconselhou ainda os crentes a "aprender como usá-los [aos "media"] com sabedoria e prudência", e defendeu que os pais têm o dever de acautelar apropriadamente a influência dos "media" na educação dos seus filhos. O papa, que umas vezes agradeceu e outras criticou os jornalistas que acompanham os assuntos do Vaticano, disse ainda que a Igreja Católica espera manter um diálogo aberto com os meios de comunicação social. João Paulo II tem, aliás, feito uso das novas tecnologias para difundir a mensagem da Igreja Católica: as suas intervenções públicas no Vaticano e nas mais de 100 viagens que efectuou foram gravadas e filmadas em diversos suportes, ao passo que os programas da Rádio Vaticano podem ser ouvidos em dezenas de línguas diferentes em diversos pontos do mundo.
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