Em nove regiões da Rússia já é crime dizer que que homossexualidade é normal. Estas leis regionais aprovadas pela primeira vez em 2006, tem sido uma realidade mais frequente nos últimos anos e prevêem multas que podem ir até aos 12.500 euros ou mesmo prisão.
Com a entrada em vigor destas leis as associações de defesa dos direitos LGBT relatam que a violência aumentou drasticamente sobre as pessoas.
Com o debate agendado no parlamento russo para ontem, quarta-feira, o Intergrupo LGBT concentrou-se frente á embaixada da Rússia em Bruxelas, com outras organizações de defesa dos Direitos Humanos como a Amnistia Internacional; ILGA Europa e Outrage entre outras num total de 20 representações, manifestando-se contra a possível aprovação da lei 6.13.1, que afinal ficou adiada a sua discussão.
Michael Cashman, co-presidente do Intergrupo LGBT disse estar orgulhoso por ter reunido frente à embaixada com outras 20 organizações e mais ou menos 70 pessoas em protesto, é um lembrete vivo de que a luta pelos direitos dos outros é a nossa própria luta, e juntos podemos superar a intolerância e a desumanidade, disse Michael que acrescentou, o fim da União Soviética deveria lembrar Putin que os ditadores e transgressores dos Direitos Humanos sempre perdem no final
E a co-presidente do Intergrupo LGBT, Sophie in't Veld, acrescentou estou aliviada pelo fato de o debate ter sido adiado, espero que seja um sinal de que a Federação Russa leva as suas obrigações internacionais no âmbito da Convenção Europeia dos Direitos Humanos a sério.
Dmitry Medvedev, vice-presidente Russo já disse antes que estas leis "não são necessárias".