A decisão do tribunal vem por fim a uma aparente "imunidade" por parte da hierarquia da Igreja Católica nos vários casos de abusos sexual que vieram a público nos últimos anos: embora tenham sido condenados vários abusadores, esta é a primeira vez que uma condenação é feita por alguém der deixado de forma consciente esses abusos continuarem. Lynn pode enfrentar uma pena de prisão entre três e sete anos.
Lynn, de 61 anos, foi secretário para o clero da Arquidiocese de Filadélfia entre 1992 a 2004, encarregado de recomendar atribuições de sacerdotes e investigar queixas de abusos. Os promotores disseram que ele minimizou as acusações credíveis e transferiu predadores conhecidos para paróquias onde o seu passado era desconhecido. Além de não ter feito nada para manter os molestadores fora do alcance de crianças numa arquidiocese com mais de 1.5 milhões de membros. Lynn é também acusado de não ter apresentado as suspeitas às autoridades para aplicação da lei.
O julgamento também apresenta uma imagem muito negativa da liderança de topo da arquidiocese, especialmente do Cardeal Anthony Bevilacqua J., arcebispo de Filadélfia entre 1988 e 2003 e que faleceu em janeiro. Segundo a acusação, a liderança esteve mais preocupada em evitar escândalos e processos legais a quase qualquer preço, colocando a reputação da arquidiocese à frente do dever de proteger crianças vulneráveis.