Em declarações à Gay Star News, um porta-voz do Foreign and Commonwealth Office confirmou estas afirmações. A ameaça foi revelada no Parlamento quando Sir Alan Duncan, Vice-Secretário de Relações Exteriores e deputado conservador, respondeu a questões urgentes sobre a forma como a Chechénia trata homens gays e bi.
Kadyrov realizou outras campanhas violentas no passado, e desta vez ele apontou os seus esforços para a comunidade LGBT. Fontes indicaram que ele quer que a comunidade seja eliminada no início do Ramadão Alan Duncan
Kadyrov teria feito as ameaças na imprensa local russa.
Nas últimas duas semanas tem sido divulgados relatos de homens gays mantidos em campos de concentração onde foram espancados, torturados e mortos. Pelo menos 100 foram detidos e pelo menos quatro homens foram assassinados.
O deputado explicou no parlamento que "os relatos credíveis sugerem que pelo menos quatro pessoas foram mortas e muitas foram torturadas, e são particularmente chocantes".
E considerou "desprezíveis" as declarações do governo regional na Chechénia que "parecem tolerar e incitar a violência contra pessoas LGBT".
A questão foi levantada pelo deputado trabalhista Stephen Doughty, que relatou o relato de um homem de ser torturado com uma cadeira elétrica "caseira".
O presidente Putin já tem um historial de perseguição da comunidade LGBT e tem os olhos postos na Chechénia Stephen Doughty
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E continuou que "ele está de olhos fechados ou é cúmplice da ação do presidente, cujo porta-voz, lembremos-nos, disse: Não podem deter pessoas que simplesmente não existem".
Duncan disse que a "detenção arbitrária e maus tratos de mais de 100 homens" da Chechénia com base na sua sexualidade era uma "profunda preocupação" para o governo britânico.
Nós, no governo, condenamos totalmente esta situação. E usaremos toda a nossa persuasão para deixar esta questão clara com a Rússia Alan Duncan
E por Portugal...
Hoje o deputado Pedro Filipe Soares do Bloco de Esquerda apresentou um voto de "repúdio desta situação e uma solidariedade com estas pessoas", dando inclusivé o exemplo da resposta oficial que "não haviam gays no país". O voto teve o apoio de todos os partidos excepto do PCP que alegou não ser "possível confirmar os factos invocados", que teve como resposta ruído de protesto no hemiciclo, sendo audível o aparte parlamentar: "No PCP não há gays".