Não se pouparam à histeria, com a AFA a prometer fazer os seus próprios filmes porque Disney supostamente foi "invadida pela agenda gay". No Sul, alguns cinemas cristãos recusaram a apresentar o filme, enquanto um ex-congressista republicano também se juntou à confusão, ao alegar que os "demónios" estavam por trás do lançamento do filme, com a finalidade de tornar as crianças gays (!).
Mas estes boicotes públicos não tiveram o resultado esperado...
O filme quebrou uma série de recordes de bilheteira, afirmando a maior abertura nacional e internacional de todos os tempos, para um filme com classificação "PG" (ou seja, sugerida a orientação pelos pais). O filme, que ganhou 170 milhões de dólares nos EUA e 350 milhões de dólares no mundo, é a sétima maior abertura de todos os tempos.
É também a maior abertura para um filme liderado por mulheres e a maior abertura com compradores de bilhetes predominantemente femininos, provocando um grande dano nas audiências maioritariamente masculinas que procuram os grandes blockbusters das bandas desenhadas no mercado em massa.
Emma Watson, que interpreta Belle no novo filme, acendeu a controvérsia numa entrevista na semana passada. Ela disse: "O que eu acho fantástico no desempenho de Josh é que ele é tão subtil. Será que ele idolatra Gaston? Estará apaixonado por Gaston? Qual é o relacionamento? E eu acho que é incrivelmente subtil, para ser perfeitamente honesta."
Ela acrescentou: "Eu não quero que as pessoas ao entrar neste filme pensem que existe uma grande narrativa gay. Realmente não existe. É incrivelmente subtil, e é uma espécie de jogo que coloca o público a pensar: 'É, ou não é?' Eu acho que é divertido. Eu adoro a ambiguidade existente."