São esses os resultados do "Barómetro" da cadeia televisiva LaSexta, realizado pela Invymarkse, e mostra uma divisão da sociedade espanhola nestas temáticas que também agitam as políticas espanholas. O governo atual está em linha com a população na questão da receita obrigatória para a pílula do dia seguinte, e da prisão perpétua, mas está do lado contrário do povo no que toca ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e na regulamentação legal da interrupção voluntária da gravidez.
Igualdade no Casamento
Relativamente à constitucionalidade da lei que reconhece o direito legal ao casamento a gays e lésbicas, 69,2% defendem que a lei é constitucional e apenas 22,8% não o aceitam. Os eleitores do atual partido do governo, o PP, ficam perfeitamente divididos com 41,3% de um lado e o mesmo número do outro.
Interrupção Voluntária da Gravidez
O governo do PP manifestou a intenção de revogar a lei atual que permite o aborto legal dentro de prazos específicos, e voltar à situação anterior em que apenas situações limites poderiam ser usadas como justificação para realizar legalmente uma interrupção voluntária da gravidez. Aqui 56,3% dos espanhois está contra a alteração (77.5% dos votantes do PSOE, e 30.8% dos do PP), e do outro lado temos 37.5% a favor da alteração (19.5% PSOE, 64.5% PP).
Pílula do dia seguinte, só com receita
Já na obrigatoriedade de receita para a pílula do dia seguinte, os espanhois parecem estar mais de acordo com o seu governo conservador. 56.4% mostrou-se a favor da receita obrigatória (39.6% PSOE, 71.6% PP), e 41.0% não aceita a imposição (58.0% PSOE, 27.8% PP).
Prisão Perpétua
Num clima de instabilidade social e com alguns casos de crimes mediáticos brutais, 68.8% dos questionados consideram que faz sentido ter penas de prisão perpétua com revisão em Espanha e apenas 26.8% foi de opinião contrária. Neste momento a lei espanhola prevê pena de prisão efetiva de 40 anos, sem revisão, para alguns crimes específicos, numa situação única a nível europeu.