Os resultados foram publicados no "Journal of Experimental Medicine". Os médicos espanhóis administraram estatinas a seis doentes com HIV durante um mês, tendo concluído que os níveis do vírus desceram enquanto eles tomaram o fármaco e voltaram a subir quando pararam, constata o diário espanhol "El Mundo" na sua edição de segunda-feira. Os médicos dizem que as estatinas podem ser uma nova e relativamente barata arma contra a doença. Milhões de pessoas no mundo tomam estes remédios para reduzir os riscos de doenças cardíacas, porque impedem o fígado de produzir colesterol. Gustavo del Real, um dos investigadores do estudo, realizado pelo Centro Nacional de Biotecnologia, em colaboração com clínicos dos hospitais de la Paz, o Príncipe de Astúrias de Madrid e o Departamento de Farmacologia da Universidade de Barcelona, testaram as drogas em laboratório e constataram que as estatinas parecem impedir o vírus da sida de infectar outras células saudáveis. O vírus ficou impossibilitado de furar as membranas em torno das células do sistema imunitário em que se aloja, para penetrar noutras e torná-las fábricas de vírus. Os clínicos dizem que os resultados nesta pequena amostra de doentes são promissores. Mas acrescentaram que é preciso fazer mais investigações para que as estatinas realmente se tornem numa nova arma contra a doença.
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