Dir-se-ia que foi um acto de loucura, provocado pela suspeita de que o falecido teria uma relação extra-conjugal, e o confesso homicida não suportou a ideia da traição.
Depois do ocorrido, Carlos andou dois dias a deambular pela cidade, visivelmente transtornado segundo algumas testemunhas. Ligou a uma irmã que vive no Algarve a quem confessou o ocorrido, e depois a uma amiga em Lisboa. Ambas entraram em contacto com as autoridades a primeira com Policia Judiciaria e a amiga com a PSP.
Carlos Monteiro, foi interceptado pela PSP num café da baixa. Depois de ouvirem Carlos Monteiro relatar o sucedido num discurso algo confuso e sem nexo, a PSP dirigiu com o suspeito a sua casa para confirmar a sua história, encontrando já na habitação a PJ, a quem terá sido entregue posteriormente o caso.
Aos dois elementos do casal, que estavam juntos há dois meses, não se lhe conhecia qualquer actividade profissional, residindo num prédio luxuoso em Lisboa. E foi nesse prédio que encontraram Pedro Parreira ainda desnudo, deitado no chão.
Carlos Monteiro terá depois sido presente a tribunal para inquirição e posterior medida de coação, mas o interrogatório terá sido interrompido uma vez que Carlos apresentava uma grande ansiedade, e um discurso ainda bastante altarado, tendo por isso a inquirição ficado suspensa até ao dia de hoje.
Carlos Monteiro o confesso homicida de Pedro Parreira, poderá beneficiar de pena reduzida, pelo facto de ter confessado o ocorrido, e por não existir por parte das forças policiais qualquer suspeita de premeditação, podendo assim ser acusado de homicídio simples, incorrendo numa pena que vai de seis a vinte anos de prisão.