A conclusão foi publicada hoje num artigo científico do New England Journal of Medicine em que Brian Egleston é um dos autores. O professor de bio-estatística comentou que a maioria dos homossexuais e lésbicas "ignoram que a sua orientação sexual é levada em conta nos critérios de selecção de alguns estudos clínicos". Concluindo que tal situação é um problema tanto para os pacientes como para as pesquisas propriamente ditas pois a exclusão não parece ser adequadamente baseada em factos científicos.
A análise recorreu a mais de 80'000 ensaios clínicos financiados quer por fundos públicos quer privados. 243 dos estudos usam os termos "disfunção erécil", "casais" ou "hipoativo" (deficit de libido) e, neste universo, 15% são dirigidos exclusivamente para casais heterossexuais.
Estudos sobre outros temas como, por exemplo, "asma" não excluem as pessoas com base na sua orientação sexual.
Também alguns estudos sobre a forma como as famílias reagem a determinados problemas são dirigidos exclusivamente "a pessoas que se encontram numa relação afectiva com alguém do sexo oposto".
Para Brian Egleston o efeito baseia-se em "copy&paste" dos critérios de estudos anteriores sem que os pesquisadores sequer se questionem sobre a validade dos mesmos. Também defendeu que os pacientes devem ser informados desta situação.
Os fundos públicos nos EUA apenas são atribuídos a estudos clínicos em que cada origem étnica seja representada de forma proporcional à população em geral excepto em casos adequadamente comprovados, no entanto não há nenhuma medida equivalente em termos de orientação sexual.