Os organizadores classificaram o presidente da câmara Sobyanin, "um digno sucessor de Luzhkov".
Esta terça-feira 17 de Maio, as autoridades de Moscovo na pessoa da Vice-Presidente da Câmara de de Moscou Lyudmila Shevtsova informou os organizadores do Pride em Moscovo da proibição de ações públicas na área pretendida no dia 28 de maio.
A organização tinha feito um pedido formal em 12 de abril, um dia após a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que invalidava as proibições de três manifestações do orgulho lésbico, gay, bissexual, transgénero e transexual em Moscovo de 2006 a 2008.
A carta justifica a decisão indicando que "neste momento o Governo de Moscovo recebeu inúmeros pedidos de entidades públicas e entidades da Federação Russa, confissões religiosas, organizações públicas, cossacos e indivíduos pedindo-nos para não permitir a realização deste evento público. De acordo com muitos dos entrevistados, este evento pode resultar numa onda de protestos, que pode evoluir para um conjunto de perturbações da ordem pública."
E continam "com base nas normas da Convenção Internacional para a Protecção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais, de 04 de novembro de 1950, e em particular no artigo 11 (liberdade de reunião e de associação), em que o direito à liberdade de reunião pacífica pode ser restringido por razões de ordem pública, a prevenção da doença, para a protecção da saúde ou da moral ou a protecção dos direitos e liberdades de outrem, o Governo de Moscovo considera justificada não permitir a realização do evento".
Segundo o organizador do Pride, Nikolai Alekseev, as autoridades de Moscovo não poderiam ter encontrado uma melhor confirmação da sua homofobia com a publicação de sua decisão precisamente no Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia.Segundo o ativista as autoridades de Moscovo estão apenas a tentar repetir os argumentos de proibições anteriores, que foram analisadas pelo Tribunal de Justiça que é claro a estabelecer "que qualquer ameaça não pode ser motivo para a proibição de uma manifestação pacífica pública e a responsabilidade pela segurança dos participantes encontra-se com as autoridades."
E revelou a sua intenção de exercer o direito a reunião pacífica com ou sem o aval das autoridades locais. Entretanto irão contestar a proibição nos tribunais distritais assim como diretamente com a presidência da Rússia.