A notícia é adiantada pelo jornal Público que explica que dois serviços do Ministério da Educação se recusaram a apoiar a distribuição nas escolas dos materiais da rede ex aequo.
Os mesmos materiais que foram produzidos com o apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género.
A associação teve reuniões com o Ministério da Educação para promover a distribuição dos materiais da sua campanha contra a homofobia no meio escolar.
Mas quando se reuniram com a Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e o seu Núcleo de Educação para a Saúde, Acção Social Escolar e Apoios Educativos foram surpreendidos pela resposta de que o Ministério da Educação não poderia ajudar porque consideravam estes materiais ideológicos e que a associação deveria contactar cada escola para pedir a divulgação dos materiais caso-a-caso.
Promoção da homossexualidade
O problema é que, segundo a associação, algumas escolas recusam-se a divulgar os materiais por considerarem que trata "não de uma campanha contra a discriminação, mas sim de uma campanha de promoção da homossexualidade".
Ficamos sem saber como se promove a igualdade com base na orientação sexual sem, de alguma forma, falar sobre a homossexualidade. Vale recordar que os cartazes da campanha são baseados em frases como "Ela é lésbica e estamos bem com isso" e sub-título de "O bullying homofóbico não é aceitável na nossa escola".
A situação já originou requerimentos, questionando a ministra da Educação, por parte dos deputados José Soeiro, do Bloco de Esquerda, e Rita Rato, do PCP.
Mais informações sobre o projecto da rede ex aequo em: www.rea.pt/inclusao/ .