O realizador brasileiro Marcelo Caetano apresenta hoje à noite a sua primeira longa-metragem, Corpo Elétrico, um dos títulos mais aplaudidos da recente cinematografia queer brasileira e que teve estreia europeia no último Festival de Roterdão.

Marcelo Caetano, cujos créditos passam por ter sido assistente de realização de Anna Muylaert no Mãe Só Há Uma, que será exibido na Noite de Encerramento, vem apresentar hoje, às 22h, na Sala Manoel de Oliveira, Corpo Elétrico, que faz parte da Competição de Longas-Metragens. O filme narra a história de Elias, um jovem de 23 anos, interpretado por Kelner Macedo, designer numa pequena fábrica de confeções no centro de São Paulo, um espaço privilegiado, onde diferentes idades, etnias, classes sociais e sexualidades parecem conviver sem conflito. Fora do espaço de trabalho, Elias constrói um círculo de desejo com outros homens, desafiando normas hétero - ou mesmo homonormativas -, mantendo novas e velhas relações.

Ainda na Competição de Longas-Metragens, têm hoje exibição única Beach Rats, de Eliza Hittman e Looping, de Leonie Krippendorff. Beach Rats, que valeu à realizadora Eliza Hittman o prémio de Melhor Realização no Festival de Sundance é exibido na Sala Manoel de Oliveira, às 19h30. Trata-se de uma peculiar história de coming of age sobre um conturbado adolescente de Brooklyn (interpretado pelo ator revelação britânico Harris Dickinson) que se debate entre os seus desejos íntimos e as expetativas que a sociedade lhe impõe. Outra história de contornos sombrios é a de Looping, onde as vidas de três mulheres se cruzam, numa clínica psiquiátrica, onde a protagonista ingressa de sua livre vontade. O filme passa às 17h15, na Sala Manoel de Oliveira.

Noite de Abertura

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