Espaços que nos dizem que a imagem muito além do entretenimento é também história, noticia e mensagem, que se pretende passar, que não se pode esquecer. Retratos de uma sociedade, de um momento político, de uma condição, muitas vezes vivida por poucos, e que através do filme, do vídeo clip, se pretende chamar atenção de todos os outros, talvez porque a nossa felicidade depende da felicidade dos outros.
Assim no Queer Pop, deste ano vamos destacar duas situações a música Portuguesa entre 1964 e 1996, trinta e seis anos entre a ditadura e a democracia, entre a repressão e a liberdade. Expressão dos tempos onde as letras das canções mostram o que se pode e não se pode dizer na letra de uma canção, onde podemos observar o dress code dos protagonistas, ou os cenários dos palcos, e descortinar como seria a vida social em cada um desses momentos. O Queer Pop, no Domingo, dia 19, na sala 2 do São Jorge ás 18:00 é dedicado inteirinho ao Portugal na Eurovisão e não vai ser só ver gravações antigas, também haverá lugar para debater e falar sobre o que se viu e como se viveram aqueles momentos.
Sobre ainda esta secção uma estrela nova no céu da Pop que faz as delicias de muitos, falamos de Lady Gaga, da sua ascensão meteórica, e dos seus vídeos dançados, chocantes, ousados, tudo isto e mais. O QueerPop de Sexta-feira, dia 25, ás 18:00, é dedicado a esta diva com uma selecção de vídeos que irão, certamente, animar a sala 2 do São Jorge. A sessão das 18:00 de Sábado, dia 18, do Queer Pop fará um panorama de vídeo-clips recentes desde os mais românticos aos mais chocantes e interventivos. No mesmo dia, mas às 19:15 será altura de descobrir uma das histórias de Rufus Wainwright.
Numa outra perspectiva temos o Queer Art, é um conjunto de longas e curtas-metragens, e documentários que ultrapassam os limites do cinema normalizado. É no Queer Art que encontramos o filme de Bruce LaBruce que ontem aqui fizemos noticia L.A. Zombie. Mas é também onde podemos encontrar Too Much Pussy! Feminist Sluts in the Queer X Show, de Émilie Jouvet, um documentário sobre sete mulheres ligadas à arte da performance e que percorrem diversos palcos da Europa. Durante nove minutos podemos encontrar uma produção Canadiana, com o nome 14.3 seconds, de John Greyson. Trata-se de 14.3 segundos de fita recuperada no arquivo de cinema no Iraque, que sobreviveram aos bombardeamentos dos Estados Unidos, durante a guerra.
Se no Queer Pop, após as sessões podemos encontrar uma troca de ideias, porque o Queer Lisboa é também uma manifestação política, existem também Debates em outras sessões. Também haverá uma mesa redonda que pretende exaltar a memória de alguém tão importante como Mário Cesariny, sobe o titulo Eu conheci Mário Cesariny.
Um convite sincero do QueerLisboa à reflexão e à troca de ideias ao debate, e onde se espera poder contar mais do que com a tua presença: acima de tudo a tua participação.
Consulta o www.queerlisboa.org faz as tuas escolhas, participa, e partilha connosco as tuas experiencias no Queer Lisboa.