O presidente da Universidade, Jim Taylor, emitiu uma declaração dizendo que aos alunos de Cumberlands são exigidos os "mais altos padrões éticos" e o respeito pelos princípios cristãos defendidos pela Igreja Baptista, que abertamente condena a homossexualidade. "Consideramos que o homem e a mulher foram criados para ser diferentes e recusamos desculparmo-nos pela nossa fé e pelas nossas convicções", escreveu o presidente. "Todos os alunos que se inscrevem nesta escola estão conscientes das nossas regras e conhecem as consequências de não as cumprir", acrescentou.
O Guia do Estudante publicado pela Universidade para o ano lectivo de 2005/06 afirma especificamente que "qualquer aluno que participe ou promova comportamentos sexuais inconsistentes com os princípios cristãos, incluindo sexo fora do casamento ou homossexualidade, pode ser suspenso ou convidado a sair". Mas o guia de 2003, data da inscrição de Jason Johnson, não contém nenhuma referência a essas orientações superiores ou a nenhum regulamento discriminatório dos homossexuais.
Estudantes indignados
No campus da Universidade, a reacção dos outros estudantes tem sido de indignação. "Há muitos alunos indignados com esta decisão. Jason personifica todos os valores cristãos que a Universidade diz querer promover. Não percebo por que é que a administração persegue um aluno por homossexualidade e nada faz em relação a outras práticas, como, por exemplo, o consumo de álcool ou de drogas", declarou Jennifer Roberts ao jornal local Lexington Herald-Leader.
"Eles são uns hipócritas", acusa outro estudante. "Se o que eles defendem é o respeito pelos princípios cristãos, deviam amar o próximo e aceitá-lo tal como ele é. Porque é que estão a expulsá-lo?", questiona.
Em Janeiro deste ano, uma outra Universidade cristã, a John Brown University, em Siloam Springs, Arkansas, também cancelou a matrícula a um aluno, depois de os administradores terem sido alertados para o conteúdo de um diário pessoal publicado na Internet. Michael Guinn, de 22 anos, descreveu no seu diário cenas de sexo, bebida e jogo - foi acusado de violar as regras de conduta internas do campus e viu a sua matrícula revogada, apesar de poder teoricamente voltar a candidatar-se à frequência da mesma Universidade no próximo ano lectivo.