O filme encena uma história de amor "explosiva": a relação entre um israelita e um palestiniano. Noam (Ohad Knoller), um jovem israelita em serviço militar numa fronteira dos territórios ocupados, conhece o palestiniano Ashraf (Yousef "Joe" Sweid), depois de este lhe bater à porta para lhe entregar o passaporte perdido no posto de controlo. A atracção é mútua e intensa, e os dois principiam um romance cujo idílio inicial depressa se revelará tão efémero e frágil como uma bolha de sabão. Aquilo que parecia um balão de oxigénio no meio do ar poluído dos conflitos ideológicos, caminha para um destino em que a tragédia espreita.
The Bubble retira muito do seu poder emotivo da condição precária de um amor proibido. Nenhum dos amantes ama em liberdade, sobretudo Ashraf, cuja alma vive asfixiada pelas proibições e obrigações que a sua cultura lhe impõe. Eis a tragédia suprema: o amor e a liberdade de amar serem considerados um crime, e ser-se condenado a uma prisão moral para a qual só a morte é evasão.(por Júlio Carvalho)
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