Diz o Papa Francisco que a Igreja Católica Apostólica Romana deve defender os direitos das crianças que estão para adoção, “as crianças devem ser educadas na complementariedade da masculinidade e da feminilidade de um pai e uma mãe”, isto numa clara oposição à adoção por casais do mesmo sexo.
No mesmo seguimento das declarações, condenou a existência de crianças soldado dizendo que “é preciso enfatizar o direito das crianças crescerem dentro de uma família, com um pai e uma mãe, criando um ambiente adequado para o seu desenvolvimento e maturidade emocional”, e reforçou a ideia continuando “a criança assim amadurecerá num relacionamento complementado pela masculinidade e feminilidade de um pai e uma mãe”.
Nesse discurso para a delegação “Catholic Child Bureau International” o Papa Francisco disse “trabalhar os direitos humanos pressupõe manter a formação antropológica viva, estando preparado sobre a realidade da pessoa humana, saber responder aos problemas e desafios colocados pelas culturas e mentalidades contemporâneas que se espalham pelos masse-média”.
O Bispo de Malta, Charles Scichuna, disse que já havia no passado mês de Dezembro falado com o Papa Francisco sobre a adoção por casais do mesmo sexo e que este se havia mostrado “chocado” com a ideia e que por isso encorajou-o a pregar no sentido contrário a essa ideia durante os sermões de Natal.
O Papa então arcebispo de Buenos Aires, Mário Bergoglio, dizia que as crianças educadas por casais do mesmo sexo estavam a sofrer uma forma de discriminação.
Em 2010 quando a Argentina se preparava para tornar a lei do casamento igual para todos o Papa então ainda arcebispo disse estar em “risco a identidade e a sobrevivência da família” e enfatizou a sua posição acrescentando que “pai, mãe e filhos estão em jogo a vida das crianças serão discriminadas em antecedência, privadas de desenvolvimento humano dado por um pai e uma mãe e querido por Deus, está em jogo a total rejeição da lei de Deus gravada em nossos corações”.
Mesmo depois destas declarações quando Bergolglio foi eleito Papa a comunidade LGBT acreditou na abertura mesmo os católicos mais progressistas acreditam que o Papa Francisco descongelou as relações entre a igreja e a comunidade LGBT com a sua famosa resposta sobre os padres homossexuais “quem sou eu para os julgar?”. Mas parece que a abertura vai só até certo ponto, mesmo quando existem claras evidências científicas a contradizer o ponto de vista do pontífice de Roma.