Foi com grandes celebrações e manifestações de alegria que a eleição do novo Papa foi recebida na Argentina, mas existe uma parte que não só lamenta como repudia a nomeação do Cardeal Jorge Bergoglio.
Aqueles que se manifestam contra a eleição do novo Papa são organizações de defesa dos direitos humanos que apontam a cumplicidade de Bergoglio com a ditadura militar, junta-se a estes grupos os de defesa dos direitos LGBT que não esquecem as posições contra os direitos LGBT do então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, nomeadamente a posição tomada contra o alargamento do casamento civil ás pessoas do mesmo sexo, classificando esta alteração na lei como um ato do demónio.
Rafael Freda, presidente da Sociedade de Integração Gay e Lésbica da Argentina, diz que se houve pessoa que se opôs à distribuição de preservativos e às uniões civis homossexuais foi Bergoglio, para além das pressões eclesiásticas contra a educação sexual nas escolas. Freda acrescenta creio que poderia usar melhor o seu tempo referindo-se a Francisco I,a falar sobre os países que matam os homossexuais.
O prémio Nobel da Paz Argentino, Adolfo Pérez Esquival escreveu que Bergoglio não tendo colaborado com a ditadura do então governo militar, também não lutou contra, disse que lhe faltou coragem para lutar pelos direitos humanos.
Ao mesmo tempo esta quinta-feira um grupo de acusados por crimes durante a ditadura militar, estiveram em tribunal usando insígnias com as cores do vaticano numa homenagem a Papa Francisco I.
Eleito há dois dias Francisco I já foi contatado por grupos de defesa dos direitos LGBT no sentido de obterem uma audiência desconhecendo-se até ao momento o resultado destes pedidos.