Foram também multadas em cerca de 700 EUR cada, e poderão enfrentar uma pena de quatro meses de prisão se não pagarem neste país em que o ordenado mínimo é pouco superior a 200 euros.
A situação dos direitos LGBT+ no país tem-se deteriorado recentemente com políticos a fazerem declarações públicas contra a "promoção da cultura LGBT" no país. O sexo consentido entre pessoas do mesmo sexo é classificado legalmente como um acto "contra a ordem da natureza" e podem ser punidos com até 20 anos de cadeia nos tribunais seculares. Os muçulmanos podem ser sujeitos a penas específicas adicionais num tribunal islâmico.
As mulheres, de 32 e 22 anos, declararam-se culpadas depois de as autoridades da sharia no estado de Terengganu, no nordeste do país, descobriram que elas estariam a ter relações sexuais num carro com um vibrador, de acordo com o canal local Sinar Harian. O juiz Kamalruazmi Ismail disse que as mulheres "estavam a tentar ter sexo" e que
a punição adequada deve ser dispensada para que isso se torne uma lição e uma recordação não apenas para vocês duas, mas para os membros da sociedade juiz Kamalruazmi Ismail
A Justice For Sisters (JFS), um grupo de direitos LGBT+, classificou a pena de “uma violação grosseira” da “dignidade e direitos humanos” das mulheres, e considerou que "equivale a tortura".
O grupo defende que a criminalização do sexo consensual entre adultos é "uma violação grosseira dos direitos humanos", e que o país foi instado a rever estas leis em muitos fóruns internacionais.