"Tanto quanto eu posso falar sobre este assunto, eu acredito que todos os seres humanos merecem a igualdade sendo como Deus os fez", disse à R-Sport depois de conseguir um tempo de 1:43.55 no Estádio Luzhniki, em Moscovo. "Se você é gay, hetero, preto, branco, todos merecem os mesmos direitos. Se há alguma coisa que eu possa fazer para defender a causa eu fá-lo-ei, mesmo sob o risco de ser preso."
Symmonds, 29 anos, já tinha mostrado a sua oposição a uma nova lei que proíbe a "promoção" da homossexualidade a menores num post do blog da revista Runner's World em 6 de agosto.
Apesar da sua abertura sobre o assunto nos Estados Unidos, ele tinha dito que não iria trazer à tona o assunto na Rússia por respeito às leis do país de acolhimento. "Eu respeito a capacidade dos russos para governar o seu povo", disse terça-feira. "Eu não concordo com as suas leis. Tenho respeito por esta nação. Discordo com as suas regras."
A legislação anti-gay, que foi ratificada pelo presidente Vladimir Putin em junho, tornou-se rapidamente na grande polémica dos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014 de fevereiro.
O Comité Olímpico Internacional, que disse na semana passada que queria esclarecimentos sobre a lei antes de tomar uma posição oficial, enfrenta uma crescente pressão de grupos de direitos humanos e celebridades que chegaram mesmo a sugerir um boicote aos Jogos de Sochi.
O COI tem insistido que recebeu garantias de funcionários de alto nível, de que a lei não será aplicada para os atletas e espectadores durante os Jogos mas, por outro lado, também já veio a público referir que os aletas estão proibidos de fazer política durante os jogos e se o fizerem sofreram consequências. Já o Ministério do Interior da Rússia emitiu um esclarecimento esta segunda-feira, confirmando que a "promoção de relações sexuais não tradicionais entre menores" é ilegal para qualquer pessoa em território Russo.