Foi votada e aprovada na passada terça-feira a lei que proíbe a nível nacional qualquer manifestação “promotora” da homossexualidade.
Uma lei já aprovada em algumas regiões Russas como é o caso de São Petersburgo que chegou a processar judicialmente a cantora Madonna por esta alegadamente ter promovido a homossexualidade quando fez declarações durante o seu concerto em defesa dos direitos das pessoas LGBT.
A lei agora aprovada no parlamento terá efeito a nível nacional e abrange ainda toda a ofensa à religiosidade como foi exemplo para o Kremlin a manifestação do grupo Pussy Riot que invadiu uma catedral Russa que levou o grupo à prisão.
A lei não encontrará qualquer resistência no senado Russo para onde segue agora, e menos ainda na assinatura de Vladimir Putin que, em visita à Holanda, país bastante liberal e o primeiro a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2001, disse “consegue imaginar uma organização que promova a pedofilia na Rússia? Acho que as pessoas em muitas regiões Russas pegariam nas armas”, e continua nas suas declarações em entrevista difundida pela agência de notícias “Ria-Novosti” dizendo, “o mesmo é verdadeiro para as minorias sexuais, mal posso imaginar o casamento de pessoas do mesmo sexo a ser permitido na Chechénia, acredito que levaria a perdas humanas”.
Antes desta votação 20 ativistas que realizaram um beijaço como sinal de protesto frente ao parlamento Russo, foram presas. A lei aprovada prevê para além de multas até cerca de 11500 EUR ou prisão até três anos.