"Porque boa educação é partilhar o direito à felicidade, é tratar e educar os cidadãos e cidadãs de forma igual", informa Paula Antunes. Visivelmente satisfeita pela marcha contar "mais ou menos" com o mesmo número de participantes de 2007, a co-organizadora do evento salienta a inclusão, este ano, da Rua de Santa Catarina no trajecto, segura que a popular artéria da Invicta vai dar "outro impacto e visibilidade à marcha". Uma massa humana em actividade veio quebrar a monotonia do quotidiano de uma tarde de sábado portuense, pontilhado pelas cores da bandeira do arco-íris e dos balões. "Nem menos nem mais, direitos iguais", "Eu amo quem quiser, seja homem ou mulher" ou "Sim sim sim, somos assim, foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.
Duas jovens mães acompanham a marcha a empurrar carrinhos de bebé. Alice Guerreiro, activista do Partido Humanista, é uma delas: "A Ana (quatro anos) vai comigo para todo o lado. Já me acompanha nestas coisas desde muito cedo". Para a progenitora, o direito ao amor e ao livre expressar desse sentimento, tal como à "liberdade para ter filhos com quem quiser", são fundamentais. "Negar isso é um crime". Ao seu lado caminha Sara, 29 anos. É alemã, há quatro anos em Portugal, o mesmo tempo de vida da pequenina Lyra, sentada no carrinho "É muito fixe, ela conviver, saber o que o mundo é. Só lhe faz bem! É pequenina, mas faz parte de todos nós", diz, num português quase imaculado.
A marcha culminou junto à Câmara do Porto, onde foi lido o manifesto que, entre outras coisas, exige a igualdade de direitos em temáticas como a adopção e o casamento, tal como a informação e a desmistificação da orientação sexual no sistema educativo. A marcha contou com a presença em todo o percurso de Raquel Freire, Manuel Damas, Maria José Guedes e Regina Guimarães, que fizeram parte dos 12 padrinhos e madrinhas da marcha. A organização foi do PortugalGay.PT, Panteras Rosa, S.E.Q.S.O., Partido Humanista, SOS Racismo, Caleidoscópio LGBT, Bloco de Esquerda, Centro de Culturas, Ponto Bi, Poly-Portugal e o site oficial está disponível em: www.orgulhoporto.org .
Veja a foto reportagem em: www.portugalgay.pt/news/orgulhoporto2008 .