Rasol é curdo e as autoridades de imigração afirmaram que os riscos para os homens gays na Região do Curdistão são "muito diferentes" do resto do Iraque e que ele pode obter proteção das autoridades da região autónoma na fronteira com Irão e Turquia.
Seu advogado, Jon Ole Martinsen, disse que, "Na prática isso significa que terá de esconder a sua orientação sexual, pois se for descoberto, estará em perigo de ser perseguido."
Rasol teme ser assassinado pelos seus familiares. No mês passado, foi relatada uma invasão da polícia a uma festa gay em Kalar, uma pequena cidade no Curdistão, onde foram detidos 25 homens.
Em setembro, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR) e da Missão de Assistência das Nações Unidas para o Iraque (UNAMI) divulgou um relatório que dizia que os ataques a LGBT no Iraque continuaram em 2010.
Rasol tem um relacionamento com o norueguês Odd Arne Henriksen desde que se conheceram em 2006. Henriksen disse que se Rasol for enviado para o Iraque ele iria com ele. "Na nossa família nós não desistimos facilmente. Mantemo-nos firmes até ao final", disse.
Rasol veio para a Noruega há dez anos, fala razoavelmente a língua local, trabalha numa cantina na sede da Telenor e tem muitos amigos.
No ano passado, numa decisão histórica, o Supremo Tribunal britânico, num caso envolvendo um camaronês e um iraniano, decidiu que a requerentes de asilo por orientação sexual não pode ser dito para "irem para casa e serem discreto".
O caso irá agora para o Supremo Tribunal da Noruega.
Nos últimos dois anos, 40 dos 52 pedidos de asilo por orientação sexual foram rejeitados de acordo com dados oficiais do governo norueguês.