A questão é que com a morte do seu companheiro israelita, o alemão deixou de preencher os requisitos para permanecer no país. No entanto a mobilização dos LGBT do país fizeram o Ministério do Interior voltar atrás na decisão.
Thomas Schmidt e Nir Katz viviam uma relação estável e iniciaram o processo de parceria civil em Israel em 2008. No entanto os planos do casal foram brutalmente interrompidos pelo ataque sangrento no Centro LGBT de Tel Aviv onde um homem encapuçado mata uma menina de 17 anos e Nir Katz de 26 anos.
O ataque chocou o país e o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, veio a público fazer promessas de justiça e pedir tolerância para as pessoas LGBT. Mais de um ano depois a polícia ainda não encontrou o assassino e a investigação continua em aberto.
Schmidt que vivia em Israel desde 2004 ultrapassou a perda e aproximou-se da família de Nir Katz, deixando de ter contacto com a sua família na Alemanha.
Mas as coisas complicaram-se ainda mais quando a renovação do seu visto foi negada pelo Ministério do Interior há poucas semanas atrás. E o Ministério do Interior foi claro: Schmidt terá de abandonar o país até 20 de fevereiro.
Toda a situação gerou polémica no país e o único político abertamente gay no país, Nizan Horowitch, escreveu uma carta ao ministro do Interior, em que explica as "circunstâncias difíceis e excepcionais" que levaram Schmidth a querer ficar em Israel.
Já o diretor executivo da JOH (Jerusalem Open House) é mais incisivo. Em 2009 "tivemos uma pessoa que cometeu um crime de ódio, agora é todo um país que comete um crime de ódio".
Ontem o Ministério do Interior anunciou que a autorização de residência temporária tinha sido estendida, até que haja uma decisão definitiva sobre o caso.