A dirigente do MDM Regina Marques disse à Lusa que "o que se passa neste caso é uma coisa infame, porque até os namorados das mocitas que abortaram estão a ser responsabilizados criminalmente". [...] Numcomunicado, o MDM considera, entretanto, que este processo "surge no contexto de um Governo que ostenta como figura de proa um ministro [Bagão Félix] que não se coíbe de sugerir publicamente que as mulheres que abortem expiem o seu pecado, trabalhando em instituições que apoiam mães solteiras, famílias monoparentais, ou instituições de solidariedade social". As acções e comportamentos deste Governo e da maioria parlamentar que o sustenta "traduzem-se, pois, numa clara imposição de valores ideológicos que afrontam, numa escalada sem precedentes, os princípios democráticos da legislação portuguesa, que define a maternidade-paternidade como um direito, uma escolha e uma função social do Estado", acrescenta o comunicado.
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