No passado dia 2 vários membros dos movimentos LGBT e de outras organizações de defesa dos direitos humanos marcharam em frente à sede da Conmebol (associações que reúne as federações de futebol dos países da América do Sul), onde foram confrontados com uma violenta repressão por parte da polícia, com vários feridos registados entre jornalistas e ativistas.
A denúncia foi feita pela organização “Somos Gay Paraguay”, que publicou um vídeo onde se pode ver a intervenção da polícia, que estaria presente para supostamente manter a ordem durante a manifestação. Os ativistas haviam-se reunido à volta da sede da Conmebol em Luque, local onde se realiza desde dia 3 a 44ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos, para pedir ao Paraguai que acompanhe a Resolução Sobre Direitos Humanos apresentada pelo Brasil, que incluir orientação sexual, identidade e expressão de género e que até ao momento só foi assinado por quatro países.
A declaração pública da Somos Gay diz que “O brutal ataque aos ativistas de Somosgay, Lesvos e aos defensores da cidadania que defende os direitos LGBT, que ocorreu na segunda-feira 2 de junho nas imediações do recinto onde está reunida a 44ª Assembleia Geral da OEA em Asunción, demonstra a postura intolerante, promotora do ódio e contraria todos os direitos e a dignidade das e dos paraguaios que mantém o Governo Nacional. (…) O nosso movimento é pacifista, reinvindica o amor e a dignidade de uma vida livre de violência, de medo e discriminação; e não se deixará intimidar por um feito tão lamentável como este.” Segundo os manifestantes, dez pessoas têm ferimentos graves, e dois jornalistas, Enrique Dávalos e Noelia Diaz também foram agredidos, e houve uma tentativa de destruir o vídeo que tinham conseguido gravar minutos antes.
Por seu lado, comissário da polícia Ramón Ávila declarou que foram os manifestantes que começaram as ações violentas, e foi isso que obrigou à repressão policial.