O Super Homem "é, provavelmente, a personagem mais heterossexual de todos os filmes que fiz", disse Bryan Singer, realizador do filme "Superman Returns" (O regresso do Super Homem), um novo filme do super-herói da luta contra o crime, que estreia no próximo dia 28. "Penso que nunca foi homossexual", acrescenta.
Nos últimos meses, a capacidade do filme em conseguir atrair o seu público-alvo tem sido questionada pelas dúvidas sobre a sexualidade do herói. Os jovens são a audiência preferencial e o filme precisa de captar milhões deles para assegurar lucro e relançar a "marca" Super Homem.
A história de primeira página da maior revista gay, " The Advocate", intitulada "How Gay is Superman," (Quão gay é o Super Homem), e o artigo do Los Angeles Times, baseiam os seu artigos sobre se o tema "gay ou não" prejudica ou se ajuda ao êxito nas bilheteiras.
Ao fim de contas, o romance gay "Brokeback Mountain" ganhou prémios e fez 178 milhões de dólares em todo o mundo.
"Ele usa um fato de lycra e anda por aí a voar de capa vermelha. E depois?", questiona Said, realçando que os Homem Aranha também usa collants. Os X-Men também andam de roupas justas e não são gays. Singer tem obrigação de saber pois já realizou os filmes "X-Men" (em 2000) e "X2 X-Men United" (em 2003).
Singer disse que a versão do "Homem de Aço", interpretado pelo actor Brandon Routh, é "um ícone muito romântico" - bonito, virtuoso e sensível. No filme, o Super Homem regressa à Terra após uma ausência de cinco anos.
A audiência sabe previamente que a repórter Lois Lane, o amor da vida dele, já ultrapassou a paixão que tinha por ele. E tem um novo namorado e um filho. Ainda assim, quando ele reentra na vida de Lois, ela mantém aquele brilho nos olhos, e ele mal pode esperar para a levar de novo à lua.
"Estamos todos surpreendidos", diisse Paul Leivitz, presidente da editora do Super Homem, DC Comics. "Ele não é uma personagem gay".