Na nota divulgada indica que cumpriu uma missão cívica e tem vontade de regressar à sua actividade profissional exaltando o facto de o seu contrato, entre aspas, com o PS ter sido cumprido "com lealdade e respeito mútuo". Sobre as razões da saída indica a "natureza algo específica" da sua candidatura, a sua experiência profissional como professor por duas décadas e também "alguma desadequação ao quotidiano e à cultura da política profissional".
Segundo o deputado Portugal "assistiu a um avanço sem precedentes na área da igualdade dos direitos" nomeando "a igualdade no acesso ao casamento civil" e a "lei de identidade de género".
Mas acima disto Miguel Vale de Almeida destaca como facto que será recordado no futuro a situação de Portugal ter "tido pela primeira vez um/a deputado/a assumidamente LGBT".
Concluindo que sai com a sensação de ter cumprido um "serviço cívico" de acordo com as posições que tem tomado ao longo dos anos quer como activista quer como antropólogo.
Miguel Vale de Almeida foi eleito como deputado independente nas listas do Partido Socialista para a Assembleia de República em Setembro de 2009. Participou da Política XXI e da Fundação do Bloco de Esquerda mas desvinculou-se do partido pouco depois. Tem participado activamente no movimento LGBT, muitas vezes em ligação com a associação ILGA Portugal, e é professor universitário e antropólogo.