Durante seis dias o sumo pontíficie de 79 anos vai percorrer a Baviera, o maior estado alemão, de maioria católica, com um objectivo que ultrapassa a simples viagem nostálgica. Recebido ontem pelo presidente e chanceler alemães que apelaram ao reforço da aproximação entre católicos e protestantes, Ratzinger parece apostado em reforçar antes de mais o peso da religião cristã.
Durante a homilia desta manhã o Papa voltou a louvar o poder da evangelização, "para converter os corações", criticando a "surdez das sociedades ocidentais face ao cristianismo". Um discurso, que em conjunto com as posições do papa relativamente ao aborto ou o casamento homossexual, perturbam a popularidade do Papa entre os alemães, e que no passado levaram mesmo a municipalidade de Munique a suspender a sua nomeação como cidadão honorário.
Nos próximos dias o sumo pontifice deverá prosseguir a sua missão evangélica em forma de viagem sentimental, passando nomeadamente por Marktl-am-Inn, a aldeia onde nasceu e Reggensburgo, onde estudou e lecionou teologia.