Hoje já tinhamos indicado que o estado da Califórnia estava a considerar cortar nos apoios em termos de medicação conta o VIH/SIDA nas pessoas com dificuldades económicas. Esta medida irá afectar directamente 35000 pessoas que vivem na Califórnia e que provavelmente deixarão de ter acesso à medicação adequada para controlar a infecção VIH/SIDA.
Entretanto o jornal L.A. Times publicou uma notícia indicando que o programa continuará a existir mas com "partilha de custos" e que "alguns medicamentos podem ser mais difíceis de obter". Note-se que a medicação mais cara é a única alternativa disponível para algumas pessoas com infecção do VIH/SIDA o que as coloca numa posição extremamente delicada.
O mesmo jornal indica que tudo o resto será eliminado, incluindo "educação, prevenção, aconselhamento, programas de teste, [...] programas de intervenção percoce [...] e programa de monitorização terapeutica". Este último item significa que coisas essenciais como testes de CD4 e de carga viral, que permitem verificar qual o efeito da medicação sobre o VIH/SIDA irão deixar de ter apoio do estado. E, como muitas outras coisas relacionadas com o VIH/SIDA, estamos a falar de testes que têm de ser feitos regularmente, que são dispendiosos e que põem em risco a saúde a médio o longo prazo das pessoas.
A alternativa ao programa de monitorização terapéutica é esperar que as pessoas adoeçam com pneunomia, sarcoma de kaposi ou outra infecção orportunista e, então, tentar curar a infecção e encontrar uma alternativa em termos de medicação. O problema é que essa troca será demasiado tarde para a maioria dos afectados.
Em Portugal toda a medicação de controlo do VIH/SIDA assim como todos os testes de monitorização terapeutica são 100% gratuitos e disponibilizados no sistema nacional de saúde... pelos vistos as prioridades de uma das 8 maiores economias do mundo são diferentes das deste jardim à beira mar plantado.