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Quarta-feira, 10 Maio 2006 12:20

ALEMANHA
Canibal condenado a prisão perpétua em novo julgamento



PortugalGay.pt

Um tribunal de Frankfurt, na Alemanha, condenou à prisão perpétua Armin Meiwes, mais conhecido por ‘canibal de Rotenburgo’, por ter assassinado, esquertejado e comido parcialmente um outro homem. Aquele tribunal considerou provado que Meiwes, um técnico de computadores de 44 anos, matou o berlinês Bernd Jurgen Brandes por motivos sexuais e comeu partes do seu corpo.


Os factos remontam a 2001. Brandes, engenheiro informático de 43 anos, respondeu a um anúncio colocado na internet por Meiwes, sob o pseudónimo de ‘Franky’. que pedia um jovem para ‘abate e consumo’. Os dois marcaram um encontro, em 10 de Março, em casa de Meiwes, em Rotenburgo, para consumarem o pacto bizarro. Nesse dia, Brandes tomou um medicamento para perder a consciência e pediu para ser esfaqueado. Meiwes cortou-lhe primeiro o pénis, que ambos cozinharam e tentaram comer como tinham combinado. Mas Brandes não conseguiu degustar o seu órgão sexual porque se esvaiu em sangue. Enquanto Brandes agonizava, Meiwes esquartejou-o, enterrou algumas partes do corpo no jardim e outras congelou e comeu nos dias seguintes. Gravou os actos macabros num vídeo.

A Polícia alemã deteve-o em Dezembro do ano seguinte, depois de um estudante na Áustria ter alertado para um anúncio na internet que pedia um homem para ser morto e comido.

Meiwes, que nunca mostrou arrependimento, foi julgado por um tribunal de Kassel e condenado, em Janeiro de 2004, a oito anos e meio de prisão por homicídio. Mas, num recurso, o Supremo Tribunal federal alemão ordenou um novo julgamento sob o argumento de que algumas provas não tinham sido devidamente avaliadas.

Durante o julgamento, a defesa pediu uma sentença mais leve alegando que a vítima pedira para ser morta. Mas a acusação contra-argumentou que o arguido tem um fetiche por ‘carne humana’ e poderia reincindir, sendo um perigo para a sociedade. Por outro lado, especialistas que o examinaram referiram que Meiwes sofre de uma grave perturbação mental que não tem cura.

Perante esta avaliação o tribunal de Frankfurt condenou Meiwes à prisão perpétua, podendo o réu sair em liberdade condicional apenas depois de cumprir 15 anos de prisão.

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