Homens que tenham tido qualquer tipo de relação sexual com homens nos últimos 10 anos vão continuar a ser barrados na doação de sangue.
Para o ministério da saúde esta mudança irá ultrapassar questões de discriminação e possíveis violações da lei de igualdade.
O sangue doado é testado relativamente a diversas doenças incluindo o VIH/SIDA, mas é possível que um pequeno número de sangue contaminado passe como seguro nos testes no caso do dador ter sido infectado muito recentemente.
O sistema apenas questiona as pessoas sobre os seus hábitos acreditando nas suas respostas. Mesmo com a política actual de proibição total de doação por homens gays, estudos indicam que cerca de 7% dos homens gays sexualmente activos são doadores.
Segundo a comissão sobre segurança das doações de sangue a proibição de 10 anos aumenta o risco de o VIH/SIDA entrar na distribuição de sangue em menos de 2.5%. Uma proibição de 5 anos iria duplicar este valor. O período de espera também diminui a probabilidade que alguém que tenha sido infetado recentemente sem saber transmita o vírus numa doação sem ter consciência do facto.
No Reino Unido estima-se que um quarto das pessoas portadoras do vírus VIH não sabem que estão infetadas.
Defensores dos direitos dos homossexuais protestaram contra a proibição durante anos, argumentando que muitos gays estão em relacionamentos monogâmicos de longa duração, ou estão mais conscientes para a prática de sexo mais seguro ou não fazem sexo de todo durante anos.
Nos EUA, qualquer homem que tenha tido sexo com outro homem depois de1977 está proibido de doar sangue. O Canadá também não permite que homens gays sexualmente ativos sejam doadores. A Nova Zelândia tem uma política de 10 anos, semelhante à nova política da Grã-Bretanha.
Espanha e Itália não barram homens que tiveram sexo de serem doadores.
Portugal teoricamente também não barra os homossexuais na doação, mas na prática ainda continuam a haver múltiplos relatos recentes de homens que foram banidos de dar sangue apenas porque se afirmaram homossexuais.