Na segunda-feira, o arcebispo responsável pelo Mosteiro de Salzburgo, Bruno Becker, decidiu deixar o cargo, depois de admitir que abusou de uma criança de 12 anos há 40 anos atrás.
O padre capuchinho Johannes Stocker deixou hoje seu posto após confessar haver abusado e assediado sexualmente cerca de 20 crianças nos anos 70 e 80. A renúncia foi feita depois de o semanário "Falter" publicar o relato de três homens sobre os abusos que sofreram por parte de Stocker. O jornal é particularmente duro com a atitude do Bispo Iby que há 10 anos atrás se limitou a recomendar ao sacerdote duas sessões com uma psicóloga quando soube da situação.
Outro sacerdote, de 74 anos, também reconheceu ter abusado de vários adolescentes no mosteiro de Mehrerau.
O colégio Kalksburg, em Viena, também foi manchado pelas acusações. Um conhecido artista multimédia, André Heller, veio a público contar a forma como um padre o tratava na instituição onde era "acaraciado" em troca de "chocolates".
E até o Coro dos Cantores de Regensburg, que foi dirigido entre 1964 e 1994 por Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI, não escapou ao escândalo com acusações de brutalidade e abusos sexuais.
Noutro caso as autoridades austríacas encontraram cerca de 400 arquivos com pornografia infantil num computador de um padre católico. Este caso irá ser levado à justiça imediatamente, mas nos outros casos como ocorreram há mais de 30 ou 40 anos não é claro qual o caminho a seguir para punir os prevaricadores.