Charles Jones, um arquitecto inglês de 43 anos, que foi apelidado por seu treinandor o Peso-Rosa, diz que não é o único boxeur gay, mas o primeiro a sair do armário no exercício de sua carreira. O boxe é reconhecido como extremamente preconceituoso e homofóbico: há dois anos o peso-pesado Lennox Lewis foi chamado de gay por seu rival Hasim Rahman, e mobilizou toda a imprensa em torno deste "insulto." Mas o caso mais crítico de homofobia aconteceu em 1962, durante a disputa do título mundial entre o boxeur cubano Benny Paret e Emile Griffith das Ilhas Virgens. Ao ser chamado de maricon pelo seu oponente, Griffith deu um golpe tão forte em Paret que o deixou inconsciente até hoje. Fora Jones, o único lutador de boxe gay assumido é o canadiano Mark Leduc, porém a diferença entre os dois é que o medalista olímpico de 92, somente se revelou depois de se ter reformado dos ringues. O Pink Poundered recusou-se a usar equipamento rosa nos ringues, como sugeriu seu teinandor, mas disse que vai levar a bandeira do arco-íris. Ele explicou que não é um activista e não vai lutar como gay, apenas se define como um gay que adora boxe.