A maior parte dos programas internacionais para a SIDA da administração Bush baseiam-se no esquema AFP, que significa Abstinência, sê Fiel, e utiliza Preservativos. Contudo, num estudo recente no Uganda verificou-se que a componente abstinência, no programa AFP do país, não poderia explicar a diminuição da incidência de SIDA, levando os investigadores a sugerir que tal facto se deveu à utilização de preservativos.
Sabemos que a promoção de um sexo mais seguro envolve sérios assuntos culturais, étnicos, e religiosos, mas não podemos permitir que se tornem uma barreira à prevenção, afirmou Teixeira, cujo país natal, o Brasil, tem um dos programas contra a SIDA mais eficazes do mundo em desenvolvimento. Os nossos governos e instituições devem enfrentar decisivamente estas dificuldades se querem ter sucesso no controlo da epidemia, adicionou.
O enviado dos EUA, Sichan Siy, disse que os programas globais para a SIDA de Washington têm como objectivo apoiar as estratégias individuais dos próprios governos. Baseamos as nossas estratégias de prevenção eficazes naquilo que funciona para a cultura e circunstâncias de cada lugar, com os indivíduos e grupos que são os nossos alvos, afirmou Siy.
No encontro, em sessões de negociações à porta fechada, os Estados Unidos propuseram inserir linguagem anti-aborto nas resoluções iniciais sobre SIDA e desenvolvimento. De acordo com os activistas do planeamento familiar, a linguagem apoiada pelo Egipto, Qatar, Nicarágua e Costa Rica tem por intenção influenciar as decisões nacionais sobre os fundos para o planeamento familiar. A comissão das Nações Unidas irá analisar as resoluções na sexta-feira, afirmaram os diplomatas.